quarta-feira, 2 de maio de 2007

Loucura e Razão

Olho para mim mesmo e vejo um pouco de muito e de muito um pouco
Vejo, introspecto, identidades de mim, indivíduos que se confrontam
Não sei quantos, a razão me faz ver lúcido, que uns têm um que de louco
Nada quero que alguém repute estranho, só o que quaisquer defrontam

Quero amar quando tiver alguém que me ame, compartilhar mútuos afetos
Quero ser feliz por instantes que sejam, que fulgurem para sempre no ar
Poder explorar íntimos desejos, dar e receber, amainar meus ânimos inquietos
Nada mais além de tudo que aquilo que qualquer um possa experimentar

Mas olho em mim mesmo e vejo barreiras, não minhas, regras que limitam
Imposições e limites, comportamentos autônomos ou que outros imitam
Em tudo há luz e brilho, e à luz acompanha a sombra, penumbra companheira

Nada entretanto acontece, o tempo se renova e vejo cada hora como a primeira
Acordo e vejo, que estive a sonhar, de volta a mim, vejo a pura realidade vigente
Sou um só, ator de vários papéis, ainda assim de uma única identidade latente.

Uant
Maio 2005

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